domingo, 2 de agosto de 2009

Quem é... Mata-Hari?


Bela, curvilínea e dançarina virtuosa, Mata-Hari ficou para a história como a espia sedutora que desnudou os seios perante o pelotão de fuzilamento, na esperança de desconcertar os soldados e salvar a sua vida. Mas por detrás deste mito, está uma triste e corajosa história de vida.
Mata-Hari, nome artístico de Margaretha Geertruida Zelle (1987-1917), foi uma intérprete virtuosa de danças exótico-orientais que foi acusada, condenada e executada por espionagem durante a Primeira Guerra Mundial. O pseudónimo Mata-Hari quer dizer sol (literalmente "olho do dia") em malaio e língua indonésia.
Mata-Hari era filha de um empresário com descendência javanesa. No início do século XX, depois de uma tentativa fracassada em se tornar professora, um casamento igualmente fracassado e de ter dois filhos, mudou-se para a Cidade das Luzes – Paris. Começou por exibir actuações em clubes nocturnos sob a personagem de uma princesa javanesa e tornou-se numa dançarina exótica atraindo inúmeros admiradores.
A sua fama como dançarina construiu o mito de uma cortesã com relações amorosas com vários militares e políticos. Durante a Primeira Guerra Mundial, Mata-Hari relacionou-se com inúmeros oficiais, tanto franceses como alemães, tornando-se um peão da intriga internacional, apesar dos historiadores nunca terem esclarecido com exactidão se ela fora realmente uma espia. Em 1917, foi a julgamento na França acusada de actuar como espia e agente dupla quer para a Alemanha, quer para a França. Foi considerada culpada e no dia 15 de Outubro, foi fuzilada.
Persiste um mistério em torno da sua execução. Um dos mais cismáticos diz que os soldados do pelotão de fuzilamento tiveram de ser vendados para não sucumbir a seu charme. Outra história cita que Mata-Hari lançou um beijo aos seus executores antes que começassem a disparar. Uma terceira versão diz que ela não só lançou um beijo, mas também abriu a túnica que vestia e morreu expondo o corpo completamente nu.
Existe um último e mais complicado rumor (e ainda assim um dos mais persistentes). Mata-Hari estaria estranhamente serena durante o fuzilamento. Teria aceitado uma dose de rum, mas recusou-se a ser vendada ou amarrada a uma árvore. A explicação seria de que um jovem francês chamado Pierre de Morrisac pretendia enganar o pelotão de fuzilamento carregando suas armas com balas de festim. No entanto a armação falhou e as armas foram devidamente carregadas. Dificilmente, essa história seria algo mais do que uma lenda, já que guarda uma semelhança suspeita com a popular ópera Tosca, criada por Puccini.

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